O tempo passou...
... e a revolução não chegou.
Bendita seja a ditadura militar para a música brasileira. O que seria do rock (e muitos outros gêneros) sem esse fenômeno político que começou lá em 1964 e terminou com o povo nas ruas? Grande parte dos grandes nomes da música nacional buscou na ditadura a inspiração para suas letras. Entretanto, hoje o cenário é completamente outro. Assim como nos movimentos sociais, o mundo artístico cultural parece que virou as costas para a política e os problemas sociais.
Tirando os sub-gêneros universitários e ultrapopulares das paradas de sucesso, ainda assim, parece que só se fala de amor nas letras das músicas. As bandas que carregam o nome ROCK, perante a grande mídia, oferecem um monte de som enlatado.
Mas nem tudo está perdido. Ainda é possível fazer músicas abordando o contexto social. O motivo é simples: poucos problemas mudaram na sociedade com o fim da ditadura, a não ser pelo regime ditatorial. A desigualdade continua a mesma, a exploração continua a mesma, e muitas outras coisas continuam as mesmas.
Por isso, é com alegria que apresento um dos novos sons da banda Autoramas, a música Máquina. A composição está no novo álbum, Música Crocante.
Outro ponto a se destacar é a inserção da banda na web. Quando postei um tweet com o termo “Autoramas” logo em seguida fui retuitado. O pessoal está fazendo o dever de casa na web 2.0. Sem falar na atenção do pessoal. Pelo twitter mesmo pedi umas músicas do novo álbum para tocar na Rádio Udesc e me mandaram na hora. Além da lição da escolha do tema musical, também a de se admirar a atenção dada ao público.
Obs.: Conheci essa música pelo blog Jujuba Tarja Preta, cujo recomendo.
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